sábado, 14 de janeiro de 2012

No Goggle eu acredito!

É impressionante, depois que você casa perde a "opinião própria". Se você está sozinho, consegue resolver qualquer coisa, tem resposta na hora para qualquer situação. Mas se você está com o marido (ou esposa), diante de qualquer dúvida, por menor que seja a questão a ser resolvida, você vai dar aquela olhadinha de "o que você acha?" para o outro. Obviamente, estou falando de casais cúmplices, porque existem aqueles que mesmo dentro do casamento "mantém vida própria" ou seja, vive a parte. Conheço um monte de casais que são assim e, apesar de alguns conflitos, vivem bem. Bom, mas o fato é que eu sozinha sou totalmente desenrolada mas, quando estou com meu marido, não consigo evitar de depender da opinião dele.
Levei o cachorro para a pet shop para dar banho e tosar. O veterinánio me perguntou: "é banho simples ou medicamentoso?" Como sempre me interessa o mais difícil, perguntei o que era o tal "medicamentoso" e ele me explicou que era feito com shampoo especial que evitava pulgas, carrapatos, etc. Aí dei a famosa olhadinha pro meu marido e esse respondeu: "simples mesmo, não acredito que esse outro funcione". Apesar de achar que o negócio funcionava pedi o simples. Daí fomos a casa de ração comprar comida e outras coisinhas parar os nossos bichos. Perguntei a funcionária o que ela tinha para evitar carrapatos porque, por mais que eu mantenha meu cachorro limpo parece que ele sabe onde eles vivem e vai direto lá quando vai passear. Ela me mostrou vários medicamentos e uma coleira que trata o problema por 4 meses. Aí veio a tal "olhadinha" que foi o suficiente pra ele dizer: "leva só a comida mesmo porque não acredito que isso aí funcione". Diante do argumento da moça ele respondeu: "se funcionasse não tinha mais carrapatos no mundo!"
Ok, saímos da loja e decidi ir à uma loja de cosméticos comprar shampoo. Pedi a atendente um que evitasse o processo de amarelamento dos cabelos tingidos. Ela prontamente me atendeu e trouxe um com diversos ativos que fazem exatamente o que eu queria. Inevitavelmente, diante do preço, olhei pra ele que falou antes mesmo de eu terminar o "código da olhadinha": "não acredito em nada disso! Isso é coisa da indústria pra ganhar dinheiro, todos fazem a mesma coisa!" Comprei o shampoo mesmo assim, já muito irritada com o complexo de Tomé que tinha de apoderado dele nesse dia.
Depois fomos ao mercado e, antes de receber minha olhada, ele disparou num discurso de "não acredito em..." a respeito de sabão em pó, aí não aguentei e perguntei em que ele acretitava afinal. A resposta me fez rir muito. "No Goggle eu acredito!" Tive que perguntar o por que e foi mais hilário ainda: "ele faz o que se propõe a fazer, acha tudo o que eu preciso!"

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